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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Because who is perfect?


A campanha, intitulada “Because who is perfect? Get closer”, reflete a obsessão por um certo padrão de beleza, imposto pelas sociedades modernas, e merece ser vista e compartilhada.
Pra realçar a beleza da diversidade, a organização "Pro Infirmis" criou uma série de manequins com base nos corpos de pessoas com algum tipo de deficiência física.
Os exemplares foram expostos em vitrines de lojas em Zurique, na Suíça, pra chamar a atenção e conscientizar quem passava para a aceitação de pessoas com deficiências físicas. 
Todos eles foram feitos a partir de corpos reais, de pessoas com escoliose ou osteogénese imperfeita, por exemplo, e foram obra de um designer de manequins convidado pela Pro Infirmis.






terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Desempenho Motor de Crianças com Paralisia Cerebral


SOU MUITO MAIS DO QUE VOCÊ VÊ



A definição mais adotada pelos especialistas é de 1964 e caracteriza a paralisia cerebral (PC) como “um
distúrbio permanente, embora não invariável, do movimento e da postura, devido a defeito ou lesão não progressiva do cérebro no começo da vida”

A encefalopatia crônica não progressiva da infância, originalmente conhecida como paralisia cerebral (PC), é atribuída a lesões não progressivas ocorridas no desenvolvimento do cérebro durante o período fetal ou
do lactente. Os distúrbios motores da paralisia cerebral podem vir acompanhados por alterações sensoriais, perceptuais, cognitivas, de comunicação, comportamento, epilepsia e por problemas musculoesqueléticos secundários

Na PC, a forma espástica é a mais encontrada e freqüente em 88% dos casos

Diante dos diferentes quadros clínicos observados, diversas modalidades de tratamentos objetivam promover saúde, independência funcional e, sobretudo, qualidade de vida a crianças com PC.
Toda criança com PC precisa ser assistida por uma equipe multiprofissional, e esta equipe tem que estar coesa em prol de um desenvolvimento mais adequado possível.

As crianças com PC apresentam dificuldade no processamento das informações necessárias para a aquisi-
ção de uma habilidade motora, além de fatores musculoesqueléticos como: fraqueza muscular, alterações no tono muscular e/ou a diminuição da amplitude de movimento, tornando-se importante uma melhor investigação quanto ao grau de comprometimento de cada criança. Isto torna o aprendizado de habilidades motoras específicas mais difícil quando comparado as crianças sem alterações neuromotoras

Contudo, com a intervenção adequada o sistema nervoso pode se reorganizar, sendo uma propriedade do sistema nervoso, onde todas as formas e mecanismos para estimular e/ou ativar as habilidades motoras
são conhecidas como plasticidade. Portanto, a atividade realizada nas terapias (fisioterapia, terapia ocupacional,fonoaudiologia, estimulação visual, entre outras) torna--se um fator crucial para aperfeiçoar a recuperação, ou seja, mesmo com uma lesão no Sistema Nervoso Central é possível aprender e reter as informações aprendidas.

As informações referentes às limitações são queixas principais de crianças, pais e familiares, assim a avaliação do desempenho funcional destas crianças possibilita aos profissionais de saúde fundamentar sua prática terapêutica e orientar seus cuidadores. (É importante focar em todas as possibilidades das crianças)

É de grande importância estimular e incentivar a criança PC a realizar suas habilidades motoras tanto no
ambiente terapêutico, quanto familiar, independente do quadro topográfico, e estes estímulos devem ser inseridos precocemente.

A maioria dos responsáveis apresenta uma dificuldade em lidar com a criança PC por vários motivos, entre eles destacam-se a não aceitação da patologia, a opinião de que com o tempo tudo passa e ela irá melhorar, a concepção religiosa ou a postura negativista que admite que as intervenções são inefetivas, pois toda criança com PC apresenta retardo mental e nunca será independente.
É possível enumerar outros tantos preconceitos, mas o que devemos ter em mente é que a criança com PC tem uma capacidade imensa de se recuperar e de adquirir habilidades motoras e funcionais que a farão feliz para viver da sua maneira.

Sendo assim, quanto antes as crianças com PC receberem intervenções apropriadas, mais rapidamente
conseguirão melhorar suas atividades motoras e serem mais independentes e autoconfiantes.


Adaptação do texto de Jacqueline Maria Resende Silveira Leite
(Fisioterapeuta, doutoranda do programa de Medicina Interna e Terapêutica, disciplina de Medicina de Urgência e Profa. Mestre do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Lavras – UNILAVRAS, Lavras-MG, Brasil.)




segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Informações

 
 
Definição
 
A deficiência física refere-se ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema ósteo-articular, o sistema muscular e o sistema nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir quadros de limitações físicas de grau e gravidade variáveis, segundo o(s) segmento(s) corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.
 
Tipos
  • Lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias)
  • Lesão medular (tetraplegias, paraplegias)
  • Miopatias (distrofias musculares)
  • Patologias degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica)
  • Lesões nervosas periféricas
  • Amputações
  • Seqüelas de politraumatismos
  • Malformações congênitas
  • Distúrbios posturais da coluna
  • Seqüelas de patologias da coluna
  • Distúrbios dolorosos da coluna vertebral e das articulações dos membros
  • Artropatias
  • Reumatismos inflamatórios da coluna e das articulações
  • Lesões por esforços repetitivos (L.E.R.)
  • Seqüelas de queimaduras
Dados Estatísticos
 
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que, em tempos de paz, 10% da população de países desenvolvidos são constituídos de pessoas com algum tipo de deficiência. Para os países em vias de desenvolvimento estima-se de 12 a 15%.
 
Destes, 20% seriam portadores de deficiência física. Considerando-se o total dos portadores de qualquer deficiência, apenas 2% deles recebem atendimento especializado, público ou privado. (Ministério da Saúde - Coordenação de Atenção a Grupos Especiais, 1995).
 
Causas
  • Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição; materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras.
  • Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.
  • Lesão medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; processos degenerativos e outros.
  • Amputações: causas vasculares; traumas; malformações congênitas; causas metabólicas e outras.
  • Mal formações congênitas: por exposição à radiação; uso de drogas; causas desconhecidas.
  • Artropatias: por processos inflamatórios; processos degenerativos; alterações biomecânicas; hemofilia; distúrbios metabólicos e outros.
     
     

domingo, 30 de maio de 2010

Minhas ideias e meus pensamentos presos a minha cabeça



Alexandra Szafir lança livro sobre os excluídos pela Justiça

'DesCasos' tem 82 páginas, foi escrito com o nariz e ajuda de um software. Advogada de 42 anos convive há 5 com Esclerose Lateral Amiotrófica.

No quarto de Alexandra, livros e documentos dividem espaço com aparelhos como respirador. Foi por sempre “meter o nariz onde não era chamada” que Alexandra Lebelson Szafir deu a dezenas de pessoas o direito a uma defesa justa. Foi com o mesmo nariz - que alguns diriam intrometido - que a advogada criminalista de 42 anos escreveu o livro que lança nesta segunda-feira (31), em São Paulo.


“DesCasos: uma advogada às voltas com o direito dos excluídos” (Editora Saraiva) é um apanhado de histórias presenciadas pela autora em mais de dez anos de prática nos fóruns criminais. Nesse período, Alexandra conciliou seu trabalho como sócia de um importante escritório em São Paulo com a atividade gratuita prestada em penitenciárias, delegacias e associações.

Eu, que sempre prezei minha independência, tive que aprender a depender dos outros"Alexandra SzafirIrmã do ator Luciano Szafir, mãe de um casal de filhos (10 e 12 anos), Alexandra ganhou reconhecimento, recebeu do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) o Prêmio Advocacia Solidária e livrou da cadeia pessoas que passariam anos a fio sem ter direito a um defensor. Foi nesse período também que os primeiros sinais da ELA começaram a se manifestar.

ELA é a abreviação que mudou a vida de Alexandra e colocou seu nariz novamente em evidência. Esclerose Lateral Amiotrófica, a mesma doença do físico Stephen Hawking. Os primeiros sintomas começaram em 2005 e como ela descreve no livro “é um vilão bem pior que os seres humanos conseguem ser.”

Primeiro foram as pernas, depois as mãos e os braços também foram afetados. Em pouco tempo atingiu as costas, a capacidade de deglutir e falar. “Estava praticamente incomunicável, minhas ideias e meus pensamentos presos em minha cabeça”, relata Alexandra no livro.

Em seu quarto, ao lado da cama, livros empilhados e processos criminais disputam espaço com o respirador e todo o aparato necessário para mantê-la longe das complicações da doença. “Eu, que sempre prezei minha independência, tive que aprender a depender dos outros. Mas estou cercada de pessoas maravilhosas e não tenho vocação para ser infeliz, então minha vida familiar é o mais normal possível”,
E-mail, computador, peças jurídicas, tudo isso graças ao seu nariz e a um software instalado no notebook por sua fonoaudióloga. O programa utiliza a webcam para reconhecer em seu rosto o ponto central: o nariz, que passa a comandar o mouse. Assim, cada letra vai sendo digitada em um teclado virtual

Alexandra levou cerca de dois anos para escrever o livro utilizando esse software. O que pode parecer resultado de um esforço sobre-humano se revela, na verdade, a consequência de um trabalho que nunca parou. “Meu trabalho hoje consiste, quase que todo, em redigir peças: defesas, habeas corpus. Mas, quando necessário, vou ao júri (escrevo meu texto de antemão), oriento outros advogados por e-mail ou Messenger. E, claro, continuo advogando gratuitamente”, afirma.

O que Alexandra relata nos 21 pequenos capítulos de seu livro mais do que surpreender, assusta. São histórias colhidas ao longo de mutirões carcerários, visitas às delegacias (numa época em que serviam de depósito de presos) e até mesmo em audiências.

Não tenho vocação para ser infeliz, então minha vida familiar é o mais normal possível"Alexandra SzafirSão casos como o de José Roberto, um jovem paraplégico –após ser baleado pela polícia e que necessitava de cuidados médicos constantes– e que a promotoria insistia em colocar atrás das grades mesmo sem poder garantir sua integridade. As idas e vindas da cadeia de “Lady Laura”, uma senhora de 75 anos com claros problemas mentais; ou ainda o período de 1 ano e 8 meses de prisão de um acusado que morava na favela e não teve seu endereço encontrado por um oficial de Justiça, o que o levou à prisão. A narrativa de Alexandra corre solta e revela histórias de pessoas tratadas como não humanos.

Para ela, a razão de Carnegundes –outro personagem real de seu livro– ter sido preso sem direito a defesa, advogado e nem mesmo um juiz que pudesse julgar seu caso não é a desigualdade do Judiciário. “A razão porque os pobres passam mais tempo presos é que não há defensores públicos em número suficiente para levar os casos de réus pobres com rapidez ao conhecimento do Judiciário”, afirma.

Com o nariz, Alexandra escreve em um teclado virtual .ELA, ou Esclerose Lateral Amiotrófica, é uma doença rara e com causa ainda não completamente conhecida. Afeta os neurônios motores da medula espinhal e é progressiva.

Na maioria dos casos, leva de seis meses a um ano entre os primeiros sintomas e a completa paralisia, explica Jorge El-Kadum, titular e vice-presidente da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) entre 2004 e 2008. “Quando começa a atingir a musculatura do bulbo cerebral começa a ter a falência respiratória”, diz.

Apesar da paralisia, a sensibilidade em todo o corpo é preservada. No entanto, não existe cura e as complicações podem se tornar constantes. “Existe sempre o risco da aspiração pulmonar, por isso é importante que o paciente fique sempre sob cuidados”, afirma El-Kadum.

Casos em que a doença evolui mais lentamente são mais raros, mas podem acontecer. “Cerca de 10% dos pacientes tem uma evolução da ELA mais lenta”, diz o neurologista.

A renda do livro de Alexandra será revertida para a Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (AbrELA).

Fonte:G1